sábado, 26 de fevereiro de 2011

O amor e suas mil fases.


É estranho quando as pessoas dizem que “é impossível ser feliz sozinho”. Eu sempre concordei muito com essa frase, mas analisando bem a fundo reparei que ela encaixa-se imperfeitamente para meu atual momento e de muitos eu imagino. Ou seja, é completamente contraditória.

É claro que existe aquela fase que você quer chameguinho, beijinho toda hora, filme com pipoca e edredom, dengo, um brilho a mais no olhar, alguém que você possa ligar, mandar mensagens, matar a saudade, que você possa chamar de seu e dizer que adora. Alguém que sinta sua falta e que diga o quanto você é de vital importância. Alguém que lhe faça a linda surpresa de mandar flores com um cartão romântico ao extremo. Que lhe encha de beijos pela manhã, e que lhe encha mais ainda pela noite.

Alguém que lhe ligue bem tarde da noite ou bem cedo da manhã pra preencher o teu sono com aquelas três lindas palavras, que toda mulher adora ouvir. Alguém que não vê à hora de lhe encontrar depois daquela semana corrida e tumultuada de trabalho, nem que seja só pra ouvir tua voz, olhar teus olhos, sentir teu carinho, teu afeto, tua presença. Alguém que lhe ampara, que lhe mima, chama de amorzinho, momo, mozinho, mozão, mo, love, amorzi, ou todo e qualquer derivado de amor que eu achava super cafona, mas admito já ter falado muito e adorar ouvir.

Alguém que faça do seu coração nu, um interino cheio de pano. Que costure os retalhos o deixando inteiro novinho em folha, customizando-o deixando pronto pra outra, no caso pra outro. Ao ponto de você não levar nada dos amores passados e deixar florescer um amor verdadeiro, curador, contagiante. Enfim... Alguém para colar com você.

Da mesma forma que passamos pelas fases obrigatórias da vida nascer, crescer, reproduzir, morrer. Passamos também por fases não obrigatórias, mas quase impossíveis de se evitar. Nascer, crescer, se encantar, trocar cartinha na época de colegial, gostar e trocar beijo no rosto e elogios, se apaixonar e trocar telefonemas, torpedos, beijos mais aproveitados, amar, e trocar presença, vida, dividir cama, casa, prato, toalha, banheira, problemas, até a morte.

E no meio dessa bagunça toda de sentimentos surge àquela fase em que você já viveu tudo isso e percebe o quão importante e gostosa todas elas são, mas que não são tão fundamentais assim. Que a vida sem amor de homem/mulher pode ser bem aproveitada (claro que por um tempo, ninguém vive sem amar) e muito bem vivida.

Tem os amigos, a família, os colegas, uns meninos legais, umas meninas interessantes. Sempre tem alguém tentando tirar a gente do vazio. Do vazio dos sentimentos, das inseguranças, dos medos, das decepções. Sempre tem alguém disposto a fazer diferente, a ser diferente, a fazer a diferença na sua vida. Alguém disposto a lhe mostrar sentimentos novos, momentos novos, metas novas. Sempre tem... Porque ninguém vive sozinho!

Afinal o amor não aparece para quem está de portas ou janelas fechadas, né?!

“A felicidade não entra em portas trancadas."

Deixa o amor entrar!

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