quarta-feira, 7 de março de 2012

A vida como ela é.


"Cá estamos nós, vivendo um dia de cada vez, desatando os nós, sem considerar o talvez.
No esforço peculiar, para a cabeça nunca abaixar, sem desistir de amar e mantendo sempre o sonhar. Enfrentando a maré agitada, driblando a correnteza, vou seguindo a minha estrada, árdua, porém com sua beleza.

As lágrimas escorrem da minha alma, pelas decepções e dasamores. Busco a paz agindo com calma, no pranto de minhas dores. Recordando os bons momentos, os sorrisos que brilhavam como as estrelas. Reconstruindo sentimentos, esquecendo e corrigindo as besteiras.
Sinto falta das nossas mãos unidas, nós dois andando nas ruas e amando ao luar. Está difícil cicatrizar as feridas, de não ser amado e amar.

Conheci o seu carinho, o gosto do seu beijo me faz falta. Me fere como um espinho, cravado em minha alma. O teu cheiro que perfumava meu dia, nunca mais vou apreciar. Onde você estivesse eu iria, com sede de te amar, só pra te fazer um cafuné, numa tarde de chuva.
Esteja você onde estiver, nunca se esqueça daquela lua. A lua que um dia iluminou o nosso amor e se tornava sol ao seu lado.

A mesma lua que hoje documenta o que acabou e sem testemunha vira sol e torna meu dia claro.
Só queria que você soubesse o quanto esse cara imperfeito te amou e sonhava com um futuro
nessa que era a nossa estrada. O coração te entregou e mandou flores pra sua casa.
Um dia talvez você entenda o que eu senti e saiba o que é. Agora eu entendi a vida como ela é."


Autoria do tão querido Pedro Estevão de Souza Azevedo.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Tempo.


A vida tem me mostrado e usado contra mim, o que nesses 34 anos eu pensei que pudesse proteger-me, a confiança que sempre tive em tudo. Eu costumava acreditar nas pessoas, nas coisas que diziam, faziam e no afeto que demonstravam ter. Só que aos poucos, o tempo foi roubando essa ilusão e mostrando o outro lado da moeda.

Essa coisa de viver intensamente, de dar a cara a tapas, já me rendeu decepções, lágrimas e dor no coração. Infelizmente, chega uma hora que cansa, desanima, dá vontade de desistir do que há de melhor nesse mundo, as pessoas.

A comunhão, viver em harmonia, ver e ter pessoas por perto é essencial. Acredito que ninguém pretende passar o resto da vida sem um melhor amigo, um namorado, um afeto, sem saber o que é receber um carinho ou cafuné. E quem diz que é melhor andar só do que mal acompanhado, está mentindo, pois até a solidão serve de companhia na hora do desespero e do fracasso.

O tempo é o melhor remédio, cura. É o melhor professor também, pois ensina, mesmo que às vezes da pior forma, que sinceridade não encontramos somente em rostinhos bonitos. Que os venenos escorrem também das bocas mais atraentes. Ele (o bendito do tempo) esfrega na nossa cara, que qualquer pessoa é capaz de mentir, fingir e iludir. Qualquer uma, sem exceção e isso dói.

Você só descobre que ama ou que aprendeu a amar, quando consegue perdoar alguém sem nenhum orgulho, só com carinho, por prazer... Simplesmente por amor. E isso, muita das vezes, só o tempo é capaz de nos fornecer.
E saber amar é compreender que nem todo mundo irá fazer o mesmo que você. Que todos erram, enganam-se e se frustram. Amar não é nada simples. O amor avassala qualquer dor.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Cada instante vale muito.


Ainda existem pessoas que valem muito a pena, que são impagáveis, que possuem magia, que iluminam o ambiente e acendem o astral. Só de ficar perto, ouvir a voz, sentir o cheiro, olhar no olho, já fazem o nosso mundo (sim, vou incluir você nisso) mais feliz e melhor, e isso não tem preço.

Então eu quero mandar ir catar coquinho no deserto, todas as pessoas que não fazem o meu e o seu mundo algo melhor, e sim pior. Danem-se todos que gostam de ver a desgraça alheia.
Peguem suas vassouras e se engasguem com os seus próprios venenos, seus bruxos hipócritas.
Um beijo na testa e um abraço apertado para todas as pessoas que são realmente do bem, que gostam de ver a felicidade dos outros e que são amigas da verdade.
É mais vantajoso amar, gostar do próximo e desejar coisas boas... Isso faz bem para alma, faz bem para o coração, te faz amanhecer melhor e esbanjar vida para quem está do seu lado morto.


Tenho sentido necessidade de ser uma pessoa melhor e menos imprestável para esse mundão. Todo dia, vou aprender mais a falar menos da vida dos outros e prestar mais atenção nas minhas qualidades, o que trará como consequência, menos importância aos meus defeitos. Eu tenho vida de sobra, tanto para dar quanto para vender, preciso aproveitar tudo o que ela tem para me oferecer.

Atualmente, nesse inferno que a gente tem vivido, é necessário que haja desapego para tudo aquilo que não nos faz bem, que nos regride, que nos machuca, que não nos preenche. Chega de aceitar migalhas das pessoas, de aceitar a falta de respeito e a falta de carinho dando em troca o mesmo. Dê em troca o seu sorriso, pois não existe desprezo maior que uma resposta muito bem educada e superior.

É, eu estou desejando felicidade, amor, desapego e uma vida mais viva, cheia de paixão, tanto pra mim, quanto para você.
Liberte-se. Dê um UP na sua vida. Jogue fora o que não presta. Faça dieta de gente chata e medíocre. Mande ir tomar no... céu estrelado, talvez. Só não se contamine, jamais. Não retenha o mau, mas sim, o melhor para sua vida, sempreeeeee.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Amar é sentir falta e só matá-la quando digerir a presença.


"É estar junto há 24 horas e querer mais 24.
É querer o bem ao próximo, como a si mesmo.
É renovação de sentimento, tornando-o mais vivo e mais forte.
É aprender a compartilhar sentimento, fracasso, vitória.
É superação de ciúme, orgulho, inveja, insegurança.
É receber uma mensagem que diz o quanto alguém se importa.
É surpresa, carinho, beijinho, amasso.
É divisão de prazeres.
É se entregar sem limites.
É ter consciencia de que a dificuldade existe para todo mundo, que de provações ninguém está livre.
É saber que cada esforço é sempre muito bem recompensado.
É ter insônia por uma briga não resolvida ou mal resolvida.
É sentir que nem tudo está por um fio por conta de um desentendimento qualquer.
É sentir-se desamparado sem o tal alguém, uma vez que essa pessoa torna-se seu chão, seu teto, suas paredes, seu alicerce.
É sentir a dor quando dói no outro e desespero quando não se pode ajudar.
É ter culpa quando choram por você. A não ser que seja de alegria, aí chora-se junto.
É o sentimento de impotência quando o que se quer é transferir os problemas, traumas e tristezas do outro para sua própria vida e não poder. E no final o que resta é emprestar o ombro e dizer palavras que o conforte.
É ser importante junto, seja cá ou lá. Aqui ou alí. Em qualquer fase da vida.
É planejar ter filhos juntos.
É pensar no casamento e dizer: Sim, eu aceito - juntos.
É ir ao céu com a chegada e ao inferno com a despedida.
É sentir-se vulnerável.
É querer proteger a pessoa amada do mundo. Colocá-la no colo e carregá-la para sempre consigo.
É comprar a briga de quem se atrever. É Virar bicho, como o instinto de mãe protetora.
É fazer a frase tão famosa e tão clichê "até que a morte nos separe" valer a pena.

Só existe chama acesa e chama eterna, quando existe amor."

sábado, 10 de setembro de 2011

O cravo brigou com a rosa.




"Malu: Hoje, peguei-me olhando minha caxinha de lembranças. Sei que isso parece ridículo. Às vezes me pergunto como uma mulher de 35 anos ainda se pega olhando uma caixinha de lembranças.
Ela é linda. Formato coração rosa, é bem grande, sua tampa têm bolinhas brancas e a parte de baixo é coberta com palavras românticas.

Olhei para o último cartão arrependido que você me deu: "O cravo brigou com a rosa". Li, reli.
O anel eu coloquei, mas logo em seguida o tirei. E toda vez que olho a xícara colorida, lembro da nossa viagem para Veneza. Vejo o ingresso para o show da Ana Carolina, aquele que te forcei a ir. Olho nossa foto no rapel, no bondinho, na lagoa... E lembro do nosso amor produzindo mais amor.

E para variar, toda vez que essas lembranças me invadem, pego-me querendo você outra vez. Logo, olho para o celular que me faz lembrar que tantas vezes o respeito, não foi o que falou mais alto. Então pergunto baixinho, como se essa cena tivesse sido mil vezes ensaiada: Que tipo de amor é esse? Meu coração responde, só que em alto e bom som: Um único, não puro, mas cheio e cansado.

E agora você vem aqui bater na porta do meu apartamento, mentindo para o meu porteiro, dizendo que queria me fazer uma surpresa. Acredite, o que eu conheço de surpresas, isso que você está fazendo, passa longe. É bom que só assim, eu digo tudo que eu já estou cansada de ouvir de mim, só que para você.

Essa caixa por mais que eu queria, não é nem um pouco insignificante. Por mim, eu a jogaria na sua cara agora. Mas eu preciso dela pra de vez em quando jogar na minha. Pego meu celular novo que não tem o seu número velho e ouso lembrar, arrisco discar. Mas não o faço, como sempre.

Estou aqui de alma exposta para você, lhe pedindo de todo o meu coração que não volte mais. Eu te amo mas não te quero. Deixe-me aqui com a minha linda, fofa e mágica caixinha de papelão em formato de coração cor de rosa cheia de lembranças que um dia já me fizeram bem. Some!
Só quero me lembrar da sua respiração tão suave na minha nuca, dos seus dedos embolando o meu cabelo e o toque tão suave da sua boca na minha boca. Embora, isso lembre muito amor, hoje todo ele não é o suficiente para que você volte aqui por mais vezes e fique mentindo para o meu porteiro e iludindo qualquer coisa que sobrou.

Daniel a pegou pelos braços e disse baixinho: Você fala demais.
Preciso do seu amor e da sua segurança. Obrigado por tudo o que você é comigo e faz por mim. Eu não podia deixar de vir aqui e lhe dar um super abraço, minha deusa. Quero lhe agradecer por todas as noites em claro que você passou comigo me ajudando nos relatórios, dando-me toda atenção do mundo. Você foi, é fantástica. Eu fui promovido. Conseguimos, meu amor."

O amor é simples como um vendaval. Ele é aconchegante, mas muitas vezes consegue nos machucar. Ele é traiçoeiro, nos faz sentir saudade. O amor é fabuloso, com ele, conseguimos perdoar e continuar amando.



Yasmin Lopes.