domingo, 7 de agosto de 2011

Um amor de verão

Que merda não esqueço-me daquele dia...

Eu te olhando aqui de longe e você sabe, porque você também estava me olhando aí de longe. Estou com saudade daquele único dia que você foi meu por menos de 10 minutos. Seus olhinhos puxados, seu jeito inteligente, sua língua com gosto de pudim, o frio congelante e seus abraços disfarçados me esquentando. E aqueles seus abraços? Toda hora você chegava perto, era tão gostoso. Estou com saudade. Com saudade daquela minha liberdade, minha vaidade está gritando dentro de mim.

Não sai da minha cabeça o dia em que você tirou a blusa. Não sabia se via o jogo ou prestava atenção em mim e então disse: "Caralho, presta atenção na porra dessa bola." E depois olhou-me com o rosto mais lindo do mundo, dá um sorriso sem graça e eu reprovo o tal palavrão, dizendo: "Porra, dá pára de xingar?" E você riiiiiiiiii... Você riiiiiiiiiiiii tão deliciosamente. E eu sinto meu rosto queimar de vergonha por de repreender por algo e em seguida cometer o mesmo.

Mas então eu caio na real. Está escurecendo e uma das novas amigas diz:

"Vamos nos arrumar, todo mundo vai pra cidade mais tarde e ele vai estar lá."
Ele vai estar lá? Ele quem, camarãozinho?” (Ela tava mais vermelha que nariz de palhaço)
O Gustavo, palhaça. O Gustavo. Você pensa que ninguém está vendo essa troca de olhares... E quando vocês estavam na piscina, naquela hora do chuveiro que ele te segurou pra você não cair? E na hora do vôlei que ele te chamou pro time dele? E quando...”

“Tá chega... Só porque ele é um gato, têm o olhinho puxado, a barriga sexy e mãos com veias altas? AHHHHHH, pára! Nada a ver, Pri. A gente teve um "lance" ano passado, mas agora não. Nem rola, nem rola.” (Eu disse nem rola tantas vezes)
Nos arrumamos e saímos. A noite chegou, estou gatinha. Festa na cidade, carnaval, lugar de gente bonita.
Alguém chega por trás, ao pé do meu ouvido e diz o que eu já sabia: "Você está linda."
"Credo Gustavo, que susto."

“Desculpa não foi minha intensão.”

“Não, tudo bem. Você também está lindo.”

“Eu queria...” Dissemos os dois juntos. E em seguida sorrimos sem graça.

“Pode falar.” Eu disse.

Ele ficou meio sem jeito, vi em seus olhos que procurava as palavras certas e então lançou:

“É que... Bem... Eu estou apaixonado por você desde o dia em que te olhei diferente, e que imaginei que num futuro próximo poderíamos estar juntos. Quando vi você sorrindo feito criança naquele dia ensolarado na praia. Quando o que senti ao te ver me arrebatou, e isso nunca havia me acontecido.”

Eu naquele momento senti-me a menina mais sortuda daquele lugar, daquela noite de carnaval.

“Rapidamente lasquei-lhe um beijo como uma força de quase adentra-lo e então senti que eu era dele, que eu desde já o pertencia.”

“Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.”


Por: Ana Flávia e Yasmin Lopes

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