sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Tempo.


A vida tem me mostrado e usado contra mim, o que nesses 34 anos eu pensei que pudesse proteger-me, a confiança que sempre tive em tudo. Eu costumava acreditar nas pessoas, nas coisas que diziam, faziam e no afeto que demonstravam ter. Só que aos poucos, o tempo foi roubando essa ilusão e mostrando o outro lado da moeda.

Essa coisa de viver intensamente, de dar a cara a tapas, já me rendeu decepções, lágrimas e dor no coração. Infelizmente, chega uma hora que cansa, desanima, dá vontade de desistir do que há de melhor nesse mundo, as pessoas.

A comunhão, viver em harmonia, ver e ter pessoas por perto é essencial. Acredito que ninguém pretende passar o resto da vida sem um melhor amigo, um namorado, um afeto, sem saber o que é receber um carinho ou cafuné. E quem diz que é melhor andar só do que mal acompanhado, está mentindo, pois até a solidão serve de companhia na hora do desespero e do fracasso.

O tempo é o melhor remédio, cura. É o melhor professor também, pois ensina, mesmo que às vezes da pior forma, que sinceridade não encontramos somente em rostinhos bonitos. Que os venenos escorrem também das bocas mais atraentes. Ele (o bendito do tempo) esfrega na nossa cara, que qualquer pessoa é capaz de mentir, fingir e iludir. Qualquer uma, sem exceção e isso dói.

Você só descobre que ama ou que aprendeu a amar, quando consegue perdoar alguém sem nenhum orgulho, só com carinho, por prazer... Simplesmente por amor. E isso, muita das vezes, só o tempo é capaz de nos fornecer.
E saber amar é compreender que nem todo mundo irá fazer o mesmo que você. Que todos erram, enganam-se e se frustram. Amar não é nada simples. O amor avassala qualquer dor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário