quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Parte 1 .

Saudade do som das gotas da chuva caindo sobre nós.

Saudade das nossas lindas troca de mensagens. De quando você tentava me conquistar e ficávamos até altas horas falando asneiras gostosas ao telefone.

Saudade de quando eu era mais eu com você. De quando a minha mãe caprichava na calda de chocolate do bolo de cenoura, porque sabia que era seu preferido. De quando ela fazia macarronada ao molho branco pro genro preferido dela, o “tampinha responsável” como ela dizia, lembra?

Saudade de quando disputava contigo corrida no vídeo game e você ficava enfurecido porque não admitia eu lhe ganhar tantas vezes.

Saudade daquele banho de piscina divertidíssimo que eu só tinha com você. Eu te pedindo pra passar protetor e você brincando de fazer declarações em minhas costas com aquele produto mega gelado.

Saudade do nosso primeiro e mais sintonizante beijo.

Saudade de ouvir você tocar ”Sem ar” pra mim, dizendo que era a nossa musica.

Saudade daquela vez em que ficamos contando estrelas no céu, como quem conta os grãos de areia do deserto. Dávamos nomes a elas, e ali permanecíamos.

Saudade da nossa primeira vez, que mais perfeita impossível de ser.

Saudade de quando você assistia sem piscar os olhos, ao jogo do mengão, dividindo uma cerveja com o sogrão, aquele que você conseguiu dobrar, quem diria.

Saudade de ouvir minha irmã caçula perguntando de você, porque sente falta de quando à levávamos ao parque, e você babão fazia tudo que ela queria.

Saudade de quando eu dizia pra mamãe que ia estudar com a Nanda, mas na verdade ia estudar anatomia contigo, e eu adorava.

Saudade do nosso primeiro show juntos, aquele em que você gritava aos quatro ventos, “valeu a pena ê ê”, ao som do desagradável e majestoso Rappa.

Saudade de quando eu massageava e acariciava suas costas, e você me enchia de beijos. De quando eu te provocava e você me dizia pra parar. De quando eu te pedia um selinho e você me tascava um beijão de tirar o fôlego.

Saudade da vovó perguntando do netinho postiço que ela adorava paparicar e já estava acostumada com a presença. E da titia me torrando a paciência falando mal de você.

Saudade de sair de mãos dadas por ai com você, só pra mostrar que o gavião já tinha dona.

(...) Do tempo em que a gente amava se ver.


CONTINUA ...

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