segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Parte 2 .

Saudade de você me acordando de madrugada só pra preencher o silêncio da noite, dizendo: “eu adoro você”. De você me ligando em cima da hora e dizendo que vinha me ver, pra eu preparar a pipoca porque já estava chegando com o nosso filme.

Saudade de quando me comportava feito louca, pra que você fosse minha camisa de força.

Saudade de fingir ser leiga no assunto e na conversa só pra ganhar um pouco mais da sua atenção. De quando eu ligava fazendo drama, dizendo que não estava bem e você largava tudo pra passar o dia junto de mim.

Saudade daquele abraço forte e aquele beijo gostoso que só você sabia dar, quando eu estava puta da vida e doida pra ter uma DR, e com isso eu desmontava e você me convencia de que estava tudo bem.

Saudade de fazer guerra de bexiga d’agua, da disputado maior cuspe a distância.

Saudade de ter que dividir minha maravilhosa e viciante panela de brigadeiro com você.

Saudade ter que me arrumar apressada antes que você acordasse e me visse naquele estado. Mas um dia eu falhei e você me viu, e ainda assim disse que eu ficava linda mesmo descabelada e com a cara amassada.

Saudade de ver você irritado e estressado com o trabalho e poder ter o poder de te acalmar apenas com um abraço meu.

Saudade da nossa primeira troca de olhares, lembra? Eu tinha acabado de voltar enlamaçada, e você me olhou como se eu fosse a menina mais estranha do mundo. E ali eu pensei: “Puts, perdi todas as chances”, mas pra minha surpresa você soltou um belo sorriso e disse que ia bater uma pelada qualquer dia comigo.

Saudade de usar aquele vestido tubinho vermelho, que você tanto adorava. Dizia que eu ficava tão sexy mesmo sem querer.

Saudade de quando eu passava aquele batom rosa que você odiava, só porque eu lhe deixava cheio de marcas de beijos.

Saudade de ler os poemas que escrevia pra mim.

Saudade daquela noite em que discutíamos em ter filhos e você dizia “Lucas” e eu dizia: “Arthur”, eu dizia “Sophia” e você “Maria Alice” e assim viramos a noite ao som de gargalhadas, cócegas e morangos com chantili.

Saudade daquele dia em que você jurou perante todos, que a mim seria fiel e que me faria feliz na alegria e na tristeza em todos os dias de nossas vidas.

Só se tem saudade do que é bom (...) e eu estou com um desejo insaciável de assassiná-las.

Eu estou com saudade de você, do tempo em que agente amava se ver. Volta!

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