segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Te amo e te odeio com a mesma intensidade.

Logo eu vivendo um romance clichê. Quem diria.

“Eu passo quieta por você e você passa quieto por mim e eu ainda escuto o som que a gente faz.”

Como você pode fazer meu inferno astral ficar tão doce? Fazer-me apegar tanto a você? Ingrato!

Saiba que mais do que nunca odeio tudo em você. A forma como me olha. Como fala comigo. Como se veste, ninguém merece aquela blusa gola V linda que mostra detalhadamente os traços do seu tórax o qual eu adorava. Odeio seu cabelo, seu perfume, seus olhos cor de mel, suas manias gostosas, seu hálito de boca limpa. Até seus amigos passei a odiar. Odeio principalmente a forma como quero de volta tudo o que é odioso em você.

Odeio a vontade que de vez em quando vem de querer você de volta. Odeio a falta insignificante que você faz.

“Odeio-te por um segundo, mas depois te amo mais.”

Como se pode amar sem amor? Se entregar não se entregando? Se envolver não se envolvendo? Como pode ser tão cruel e frio?

Não acredito que seja tão difícil assim gostar de mim. Admito que tenho o gênio forte, mas você estava sabendo lhe dar muito bem. Nunca te cobrei nada, você sabe, só queria reciprocidade de amor e afeto.

Não te obriguei a me amar, tanto que você o fez. Mas queria ao menos que gostasse de mim um terço do que gostei de você. Não precisava dar presentes, ou mandar mensagens, me ligar várias vezes ao dia, ou dizer que sentia minha falta. Mas você cafajeste como a grande camada do seu sexo que me rodeia, fez questão de me fazer pensar que tudo vingaria, que era sincero, que era amor. De romântico a galanteador barato. Tolinho você.

Idiota, idiota, idiota... Como odeio você.

Mas apesar de tudo e de tanto ódio, sem você tudo é metade. A festa é meio legal, meio badalada, meio cool, meio envolvente, meio divertida, meio libertadora, meio alucinante. O cinema é meio gostoso e cheio de clímax. O shopping meio proveitoso. Os filmes meio bons de ver. Queria que tudo voltasse a ser todo, chega de metades.

Só queria você aqui pra dançar comigo, caminhar comigo, ser mais feliz comigo, ser mais você comigo.

Num sorriso, num choro, num olhar entorpecido, numa música, num ponto de ônibus, numa criança, meus pensamentos sempre voam até você. Sempre!

Faria aqui uma lista com mil e um motivos pra parar de pensar em você, pra parar de me maltratar tanto sem motivo, pra fugir e sumir de vez com esse devastador sentimento. Mas qualquer lugar que eu vá você viria comigo. Inferno.

Odeio o fato de uns tempos pra cá tudo me fazer lembrar tanto você. Te amo e te odeio com a mesma intensidade, quantidade e vontade...

“Te amo mesmo, talvez pra sempre. Mas nem por isso deixo de ser feliz ou de viver minha vida. Foda-se esse amor. Foda-se você.” (Tati Bernardi)

2 comentários:

  1. Estou exatamente nesta reciprocidade de sentimentos ... aí que ódioooo... kkkkkkk
    Parabéns... adoooooooroooo suas mensagens.

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  2. Obg querida. Que bom que gosta, volte sempre! Contamos com a sua vista. Beijos! :)

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